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Manual do iniciante - Criação de killifishes
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Manual do iniciante - Criação de killifishes
Pode ser difícil para iniciantes saber que peixes comprar, porque os killifish são referidos por seus nomes científicos e é necessária alguma familiaridade para saber o que esses nomes representam. A medida em que se lê sobre as várias espécies, em publicações e livros, se começa a entender o que representam.
Quando for escolher seus primeiros killies, seja cuidadoso. É dispensável dizer para procurar peixes saudáveis, mas cuide de verificar que peixes que sejam corretamente identificados. Muitas espécies e linhagens são muito semelhantes e peixes vendidos em lojas são freqüentemente mal classificados. Além disso, muitos killies são mantidos conforme linhagens localizadas. Por exemplo, Nothobranchius rachovii Beira '98, um peixe muito bonito, representa uma linhagem particular dessa espécie, identificada pelo local e ano em que foi coletado. Há uma séria convenção, no hobby, que essa linhagem não seja cruzada com outras, mesmo que pareçam ser o mesmo peixe. Esses cruzamentos podem gerar híbridos, que podem ser estéreis, ou, pelo menos, peixes que a natureza nunca produziu.
Alguns gêneros
Vou brevemente, alguns gêneros dos killifishes, e algumas das espécies neles encontradas, com ênfase especial naqueles adequados para iniciantes.
· Aphyosemion (reprodução não-anual)
Este é um dos gêneros mais populares entre os hobbistas e contém um grande número de espécies. Dessas espécies da África Ocidental, muitas são belas e relativamente fáceis de manter e reproduzir. A maioria desova em bruxinhas.
Um dos mais comumente vistos e apropriado para iniciantes é o Aphyosemion australe, um dos poucos killifishes que tem um nome popular: Cauda de Lira. Esta espécie desova em bruxinhas e tem três variedades de cor. A Chocolate é a forma natural, enquanto a Ouro (Gold) e a Laranja (Orange) foram desenvolvidas em aquário.
Outras espécies, nesse gênero, boas para iniciantes são A. calliurum, A. polli, A. striatum
. Aphyosemions com o mesmo nome de espécie podem ser identificados como provindo de locais ou populações específicas. Diferentes populações podem ou não ser geneticamente idênticas
· Fundulopanchax (reprodução não-anual e semi-anual)
Este gênero contém diversas espécies coloridas que são adequadas para iniciantes. Isso inclui o popular Fp. gardneri, Fp. filamentosus, o peixe símbolo da AKA, Fp. sjoestedti. Muitas das linhagens de Fp. gardneri são relativamente fáceis de manter e reproduzir tal como Fp. filamentosus. Fp. Sjoestedti é um pouco mais desafiante, embora seja difícil resistir ao seu charme. Todas essas espécies possuem várias linhagem. Alguns dos Fp. gardneri desovam em bruxinhas, enquanto Fp gardneri nigerianus e Fp. gardneri garderni são alternantes (superfície/fundo). As duas outras espécies mencionadas desovam no fundo
· Epiplatys (reprodução não-anual)
Espécies deste gênero são peixes de superfície, alimentando-se de insetos que caem na água. Preferem deitar seus ovos em bruxinhas ou plantas flutuantes. São resistentes, muitos de bom tamanho, e muitos são facilmente reproduzidos e mantidos em aquários. Bons exemplos e boas escolhas para iniciantes são E. sexfasciatus e E. fasciolatus. O gênero também contém algumas espécies desafiadoras. Por exemplo, o pequeno E. annulatus, embora excepcionalmente lindo, não é para iniciantes.
Embora os peixes do gênero Aplocheilus venham da região Indio Malásia e os Epiplatys da África Oriental, ambos são bastante parecidos em seu comportamento no aquário e podem ser considerados iguais, para tal efeito.
· Nothobranchius (reprodução anual)
Estes anuais da África Oriental estão entre os mais lindos peixes tropicais de água doce. N. rachovii é freqüentemente citado como a espécie mais bonita de peixe de água doce do mundo, e merece isso. As cores são brilhantes na maioria das espécies nesse gênero. Dentre essas espécies , N. guentheri and N. korthausae são excelentes peixes para iniciantes. Se você decidir tentar estes peixes, deve observar sua sensibilidade a doenças provocadas por protozoários (veludo), e eles devem ser mantidos em água com meia a uma colher de sopa de sal para cada 10 litros d’água. Por outro lado, eles se adaptam a uma variedade de condições de água, incluindo água dura, alcalina. Reproduzi-los demanda alguma paciência pois os ovos requerem um prolongado período de seco (diapausa), embora N. korthausae esteja entre os que tem períodos relativamente curtos.
· Híbridos
É fácil hibridizar algumas espécies de killifishes. Mas, essa prática é desencorajada, exceto para finalidades ciêntíficas e pesquisas. A AKA acredita que os peixes devem permanecer como são na natureza e os hobbistas não devem deliberadamente modificar padronagens de cor, forma ou identidade.
· Qualidade
Todos são incentivados a observar os mais elevados padrões na manutenção de condições elevadas de ambiente para seus peixes e a somente enviar peixes a outros hobbistas quando estiverem em ótimas condições de saúde e coloração.
Aquários
Geralmente os killies são mantidos em pequenos aquários, freqüentemente tão pequenos como 10 litros. Para reprodução, em particular, os aquários pequenos são preferíveis. Além de permitir uma observação próxima dos peixes, aquários pequenos permitem separar pares ou trios das diferentes espécies. Muitos entusiastas rapidamente adquirem várias espécies. Obviamente os aquários devem adequar-se ao tamanho dos peixes, Fundulopanchax sjoestedti (Blue Gularis) requer aquários de 20 á 40 litros. Aquários maiores, de 40 ou 60 litros ou maiores ainda são empregados para desenvolvimento de filhotes
Os filhotes são normalmente gerados em pequenos recipientes, tais como caixas plásticas ou outras semelhantes. Em uma típica estufa de criação de killifish você vai ver tanques e recipientes de ampla variedade de tamanhos. Como elas são organizadas é uma questão de gosto pessoal, mas freqüentemente os tanques menores ficam no alto e os maiores abaixo. Uma vantagem de uma estufa é que o ambiente inteiro, ao invés dos tanques individuais, pode ser aquecido.
Plantas e Decoração
Aquários plantados são agradáveis de ver, e plantas auxiliam em no consumo de matéria orgânica produzida pelos peixes e, em determinado grau, na oxigenação da água. Entretanto, muitos criadores de killis evitam o uso de plantas nos tanques de criação ou, mesmo, de manutenção. Plantas podem tornar a coleta de ovos mais difícil. Além disso, peixes anuais podem desovar no substrato, o que pode ser indesejável. Por outro lado, uma técnica de desova dos não anuais envolve o uso de plantas permanentes e alguns criadores reproduzem os anuais em substrato. Um esquema comum é utilizar aquários limpos para reprodução e aquários plantados para manutenção.
Que plantas utilizar é uma questão de preferência, mas, como os killis se dão melhor em tanques com pouca iluminação, plantas que tolerem essa condição são preferíveis. Isso inclui as cryptocorynes, como a spiralis , Musgo de Java (Vesicularia dubyana) e Feto de Java (Microsorium pteropus)
Se for empregado substrato, ele não deve endurecer a água.
Iluminação
Muitos killis, tais como os Aphyosemions, vem de regatos em florestas que são protegidos de luz direta, e preferem iluminação fraca. Em aquários mais iluminados, as plantas podem fornecer sombreamento para os killis que preferem baixa iluminação. Muitos killis aparecem em seu melhor quando a luz provém de cima e da frente do aquário. Por causa disso, muitos entusiastas iluminam seus aquários, especialmente os de reprodução, por luzes de teto, com instalação apenas naqueles tanques em que maior luminosidade é necessária.
Aeração e Filtragem
Pequenos aquários tais como os utilizados para manter killis são mais facilmente poluídos do que os grandes. O volume relativamente pequeno de água facilmente acumula restos e detritos, gerando amônia e nitritos, que são extremamente tóxicos para os peixes. Alguns criadores utilizam alguma forma de aeração e filtragem. Filtros movimentados a fluxo de ar fornecem ambiente para bactérias aeróbicas nitrificantes, que decompõem a amônia e nitrito em nitrato, muito menos tóxico para os peixes.
Muitos tipos de filtros podem ser utilizados, mas para aquários pequenos o mais popular são os filtros de caixa, simples, contendo perlon ou filtros de esponja. Ambos fornecem uma ampla área para formação de bactérias e filtram partículas da água. Filtros de esponja tem a vantagem de não capturar filhotes. Em aquários maiores em que se utiliza substrato, filtros de fundo podem ser empregados.
Se não tiver filtragem no aquário basta fazer trocas parciais d’água a cada 15 dias, trocando de 20 a 30% do volume do aquário.
Temperatura
A temperatura ideal da água, depende da espécie, mas para a maioria dos killis ela deve estar entre 22-26 °C. Aquecedores convencionais de aquários podem ser utilizados, mas em virtude de criadores sérios manterem diversos aquários, é comum que a sala inteira seja aquecida. Outra vantagem dessa alternativa é que as tampas de aquários não precisam acomodar fiação para os aquecedores. Muitos killis são grandes saltadores e pularão dos aquários e perderão a vida através dessas pequenas aberturas. É indispensável zelar para que as tampas dos aquários estejam bem ajustadas.
Condições da Água
É impossível generalizar as condições de água requeridas pelos killis. Alguns, tais como A. cameronense provém de água mole e ácida, enquanto outros de águas mais duras e alcalinas e outros de águas salobras. Alguns killis precisam de condições particulares de água, outros tal como as espécies de Nothobranchius, toleram uma faixa de condições de água. Obviamente, nenhum peixe deve sofrer mudança brutas de alterações no pH, temperatura e na dureza.
pH
O pH da água é devido a substâncias nela dissolvidas. É conveniente dispor de algum meio de testar o pH da água do aquário. Isso pode ser feito com kits de teste contendo soluções indicativas ou, até, com um medidor eletrônico. Os peixes não devem ser submetidos a alterações súbitas de pH. Assim, peixes recém introduzidos devem ser aclimatados através de mistura gradual da água ‘velha’ em que se encontravam, com a nova água.
O pH da água pode ser alterado utilizando ácidos fracos, tais como bifosfato de sódio(NaH4) ou bases fracas tais como bicarbonato de sódio (NaHCO3. É fácil alterar o pH excessivamente com esses produtos, e a mudança de pH obtida pode não ser estável. A melhor forma de alterar o pH é filtrar a água através de asfagno. O asfagno é fervido e enxaguado e então colocado num filtro de caixa entre camadas de perlon. Após um dia ou dois a água estará âmbar e um tanto mais ácida. Para aumentar pH o melhor é incluir alguma forma de carbonato de cálcio no aquário, tal como areia ou cascalho calcários. O dióxido de carbono (CO2) produzido como resíduo pelos peixes dissolve na água para produzir ácido carbônico, que vai reagir com carbonato de cálcio, produzindo bicarbonato de cálcio solúvel. Este último fornece capacidade tampão, ajudando a estabilizar o pH da água.
Dureza da Água
A dureza da água se refere à quantidade dos sais de magnésio e cálcio, principalmente cloretos e sulfatos, em solução. Dureza é medida em Graus de Dureza (dGH) ou em partes por milhão (ppm). É comum ver dois tipos de dureza discutidos, dureza permanente (sais de cálcio e magnésio outros que não bicarbonato) e temporária ou dureza de carbonatos (bicarbonato de cálcio e de magnésio). Contudo, para a maioria dos propósitos, a condutividade da água, como medida do total de sais dissolvidos, é adequada.
Na maioria dos casos, a dureza da água não é tão crítica quanto o pH. Água entre 120-160 ppm é satisfatória para a maioria dos killis, embora algumas espécies apresentem o melhor de si em águas muito moles e outras em água muito duras. Água considerada muito dura pode ser diluída em água da chuva ou em água artificialmente purificada. Esta última pode ser obtida utilizando resinas de troca de ions ou unidades de RO (osmose reversa). Resinas de troca de ions trocam ions de sódio por cálcio e magnésio. Unidades de RO removem ions de cálcio e magnésio através de um processo de filtragem. Boa água de RO é similar a água destilada.
Quando for escolher seus primeiros killies, seja cuidadoso. É dispensável dizer para procurar peixes saudáveis, mas cuide de verificar que peixes que sejam corretamente identificados. Muitas espécies e linhagens são muito semelhantes e peixes vendidos em lojas são freqüentemente mal classificados. Além disso, muitos killies são mantidos conforme linhagens localizadas. Por exemplo, Nothobranchius rachovii Beira '98, um peixe muito bonito, representa uma linhagem particular dessa espécie, identificada pelo local e ano em que foi coletado. Há uma séria convenção, no hobby, que essa linhagem não seja cruzada com outras, mesmo que pareçam ser o mesmo peixe. Esses cruzamentos podem gerar híbridos, que podem ser estéreis, ou, pelo menos, peixes que a natureza nunca produziu.
Alguns gêneros
Vou brevemente, alguns gêneros dos killifishes, e algumas das espécies neles encontradas, com ênfase especial naqueles adequados para iniciantes.
· Aphyosemion (reprodução não-anual)
Este é um dos gêneros mais populares entre os hobbistas e contém um grande número de espécies. Dessas espécies da África Ocidental, muitas são belas e relativamente fáceis de manter e reproduzir. A maioria desova em bruxinhas.
Um dos mais comumente vistos e apropriado para iniciantes é o Aphyosemion australe, um dos poucos killifishes que tem um nome popular: Cauda de Lira. Esta espécie desova em bruxinhas e tem três variedades de cor. A Chocolate é a forma natural, enquanto a Ouro (Gold) e a Laranja (Orange) foram desenvolvidas em aquário.
Outras espécies, nesse gênero, boas para iniciantes são A. calliurum, A. polli, A. striatum
. Aphyosemions com o mesmo nome de espécie podem ser identificados como provindo de locais ou populações específicas. Diferentes populações podem ou não ser geneticamente idênticas
· Fundulopanchax (reprodução não-anual e semi-anual)
Este gênero contém diversas espécies coloridas que são adequadas para iniciantes. Isso inclui o popular Fp. gardneri, Fp. filamentosus, o peixe símbolo da AKA, Fp. sjoestedti. Muitas das linhagens de Fp. gardneri são relativamente fáceis de manter e reproduzir tal como Fp. filamentosus. Fp. Sjoestedti é um pouco mais desafiante, embora seja difícil resistir ao seu charme. Todas essas espécies possuem várias linhagem. Alguns dos Fp. gardneri desovam em bruxinhas, enquanto Fp gardneri nigerianus e Fp. gardneri garderni são alternantes (superfície/fundo). As duas outras espécies mencionadas desovam no fundo
· Epiplatys (reprodução não-anual)
Espécies deste gênero são peixes de superfície, alimentando-se de insetos que caem na água. Preferem deitar seus ovos em bruxinhas ou plantas flutuantes. São resistentes, muitos de bom tamanho, e muitos são facilmente reproduzidos e mantidos em aquários. Bons exemplos e boas escolhas para iniciantes são E. sexfasciatus e E. fasciolatus. O gênero também contém algumas espécies desafiadoras. Por exemplo, o pequeno E. annulatus, embora excepcionalmente lindo, não é para iniciantes.
Embora os peixes do gênero Aplocheilus venham da região Indio Malásia e os Epiplatys da África Oriental, ambos são bastante parecidos em seu comportamento no aquário e podem ser considerados iguais, para tal efeito.
· Nothobranchius (reprodução anual)
Estes anuais da África Oriental estão entre os mais lindos peixes tropicais de água doce. N. rachovii é freqüentemente citado como a espécie mais bonita de peixe de água doce do mundo, e merece isso. As cores são brilhantes na maioria das espécies nesse gênero. Dentre essas espécies , N. guentheri and N. korthausae são excelentes peixes para iniciantes. Se você decidir tentar estes peixes, deve observar sua sensibilidade a doenças provocadas por protozoários (veludo), e eles devem ser mantidos em água com meia a uma colher de sopa de sal para cada 10 litros d’água. Por outro lado, eles se adaptam a uma variedade de condições de água, incluindo água dura, alcalina. Reproduzi-los demanda alguma paciência pois os ovos requerem um prolongado período de seco (diapausa), embora N. korthausae esteja entre os que tem períodos relativamente curtos.
· Híbridos
É fácil hibridizar algumas espécies de killifishes. Mas, essa prática é desencorajada, exceto para finalidades ciêntíficas e pesquisas. A AKA acredita que os peixes devem permanecer como são na natureza e os hobbistas não devem deliberadamente modificar padronagens de cor, forma ou identidade.
· Qualidade
Todos são incentivados a observar os mais elevados padrões na manutenção de condições elevadas de ambiente para seus peixes e a somente enviar peixes a outros hobbistas quando estiverem em ótimas condições de saúde e coloração.
Aquários
Geralmente os killies são mantidos em pequenos aquários, freqüentemente tão pequenos como 10 litros. Para reprodução, em particular, os aquários pequenos são preferíveis. Além de permitir uma observação próxima dos peixes, aquários pequenos permitem separar pares ou trios das diferentes espécies. Muitos entusiastas rapidamente adquirem várias espécies. Obviamente os aquários devem adequar-se ao tamanho dos peixes, Fundulopanchax sjoestedti (Blue Gularis) requer aquários de 20 á 40 litros. Aquários maiores, de 40 ou 60 litros ou maiores ainda são empregados para desenvolvimento de filhotes
Os filhotes são normalmente gerados em pequenos recipientes, tais como caixas plásticas ou outras semelhantes. Em uma típica estufa de criação de killifish você vai ver tanques e recipientes de ampla variedade de tamanhos. Como elas são organizadas é uma questão de gosto pessoal, mas freqüentemente os tanques menores ficam no alto e os maiores abaixo. Uma vantagem de uma estufa é que o ambiente inteiro, ao invés dos tanques individuais, pode ser aquecido.
Plantas e Decoração
Aquários plantados são agradáveis de ver, e plantas auxiliam em no consumo de matéria orgânica produzida pelos peixes e, em determinado grau, na oxigenação da água. Entretanto, muitos criadores de killis evitam o uso de plantas nos tanques de criação ou, mesmo, de manutenção. Plantas podem tornar a coleta de ovos mais difícil. Além disso, peixes anuais podem desovar no substrato, o que pode ser indesejável. Por outro lado, uma técnica de desova dos não anuais envolve o uso de plantas permanentes e alguns criadores reproduzem os anuais em substrato. Um esquema comum é utilizar aquários limpos para reprodução e aquários plantados para manutenção.
Que plantas utilizar é uma questão de preferência, mas, como os killis se dão melhor em tanques com pouca iluminação, plantas que tolerem essa condição são preferíveis. Isso inclui as cryptocorynes, como a spiralis , Musgo de Java (Vesicularia dubyana) e Feto de Java (Microsorium pteropus)
Se for empregado substrato, ele não deve endurecer a água.
Iluminação
Muitos killis, tais como os Aphyosemions, vem de regatos em florestas que são protegidos de luz direta, e preferem iluminação fraca. Em aquários mais iluminados, as plantas podem fornecer sombreamento para os killis que preferem baixa iluminação. Muitos killis aparecem em seu melhor quando a luz provém de cima e da frente do aquário. Por causa disso, muitos entusiastas iluminam seus aquários, especialmente os de reprodução, por luzes de teto, com instalação apenas naqueles tanques em que maior luminosidade é necessária.
Aeração e Filtragem
Pequenos aquários tais como os utilizados para manter killis são mais facilmente poluídos do que os grandes. O volume relativamente pequeno de água facilmente acumula restos e detritos, gerando amônia e nitritos, que são extremamente tóxicos para os peixes. Alguns criadores utilizam alguma forma de aeração e filtragem. Filtros movimentados a fluxo de ar fornecem ambiente para bactérias aeróbicas nitrificantes, que decompõem a amônia e nitrito em nitrato, muito menos tóxico para os peixes.
Muitos tipos de filtros podem ser utilizados, mas para aquários pequenos o mais popular são os filtros de caixa, simples, contendo perlon ou filtros de esponja. Ambos fornecem uma ampla área para formação de bactérias e filtram partículas da água. Filtros de esponja tem a vantagem de não capturar filhotes. Em aquários maiores em que se utiliza substrato, filtros de fundo podem ser empregados.
Se não tiver filtragem no aquário basta fazer trocas parciais d’água a cada 15 dias, trocando de 20 a 30% do volume do aquário.
Temperatura
A temperatura ideal da água, depende da espécie, mas para a maioria dos killis ela deve estar entre 22-26 °C. Aquecedores convencionais de aquários podem ser utilizados, mas em virtude de criadores sérios manterem diversos aquários, é comum que a sala inteira seja aquecida. Outra vantagem dessa alternativa é que as tampas de aquários não precisam acomodar fiação para os aquecedores. Muitos killis são grandes saltadores e pularão dos aquários e perderão a vida através dessas pequenas aberturas. É indispensável zelar para que as tampas dos aquários estejam bem ajustadas.
Condições da Água
É impossível generalizar as condições de água requeridas pelos killis. Alguns, tais como A. cameronense provém de água mole e ácida, enquanto outros de águas mais duras e alcalinas e outros de águas salobras. Alguns killis precisam de condições particulares de água, outros tal como as espécies de Nothobranchius, toleram uma faixa de condições de água. Obviamente, nenhum peixe deve sofrer mudança brutas de alterações no pH, temperatura e na dureza.
pH
O pH da água é devido a substâncias nela dissolvidas. É conveniente dispor de algum meio de testar o pH da água do aquário. Isso pode ser feito com kits de teste contendo soluções indicativas ou, até, com um medidor eletrônico. Os peixes não devem ser submetidos a alterações súbitas de pH. Assim, peixes recém introduzidos devem ser aclimatados através de mistura gradual da água ‘velha’ em que se encontravam, com a nova água.
O pH da água pode ser alterado utilizando ácidos fracos, tais como bifosfato de sódio(NaH4) ou bases fracas tais como bicarbonato de sódio (NaHCO3. É fácil alterar o pH excessivamente com esses produtos, e a mudança de pH obtida pode não ser estável. A melhor forma de alterar o pH é filtrar a água através de asfagno. O asfagno é fervido e enxaguado e então colocado num filtro de caixa entre camadas de perlon. Após um dia ou dois a água estará âmbar e um tanto mais ácida. Para aumentar pH o melhor é incluir alguma forma de carbonato de cálcio no aquário, tal como areia ou cascalho calcários. O dióxido de carbono (CO2) produzido como resíduo pelos peixes dissolve na água para produzir ácido carbônico, que vai reagir com carbonato de cálcio, produzindo bicarbonato de cálcio solúvel. Este último fornece capacidade tampão, ajudando a estabilizar o pH da água.
Dureza da Água
A dureza da água se refere à quantidade dos sais de magnésio e cálcio, principalmente cloretos e sulfatos, em solução. Dureza é medida em Graus de Dureza (dGH) ou em partes por milhão (ppm). É comum ver dois tipos de dureza discutidos, dureza permanente (sais de cálcio e magnésio outros que não bicarbonato) e temporária ou dureza de carbonatos (bicarbonato de cálcio e de magnésio). Contudo, para a maioria dos propósitos, a condutividade da água, como medida do total de sais dissolvidos, é adequada.
Na maioria dos casos, a dureza da água não é tão crítica quanto o pH. Água entre 120-160 ppm é satisfatória para a maioria dos killis, embora algumas espécies apresentem o melhor de si em águas muito moles e outras em água muito duras. Água considerada muito dura pode ser diluída em água da chuva ou em água artificialmente purificada. Esta última pode ser obtida utilizando resinas de troca de ions ou unidades de RO (osmose reversa). Resinas de troca de ions trocam ions de sódio por cálcio e magnésio. Unidades de RO removem ions de cálcio e magnésio através de um processo de filtragem. Boa água de RO é similar a água destilada.
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