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KILLIFISHES ANUAIS (Eclosão dos ovos / alimentação dos alevinos)
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KILLIFISHES ANUAIS (Eclosão dos ovos / alimentação dos alevinos)
Quando se possui ovos de Killifishes anuais em diapausa e assim que cumprido o período necessário à completa formação dos alevinos, tornam-se necessárias algumas providências com relação a reidratação dos mesmos. A primeira providência diz respeito à alimentação dos alevinos que irão nascer, e para tanto deve ser providenciado o alimento correto. Vejamos a seguir como isto será feito. Na natureza, o biótopo é suprido de material suficiente para produzir o alimento para os peixes (alevinos) que surgirão logo após o alagamento do mesmo, ocorrendo esse suprimento, principalmente, na fase final de secagem e durante o período que permanece seco. A cadeia alimentar criada no biótopo, após seu surgimento, abrange uma vasta faixa de espécies de diversos tamanhos, o que propiciará alimentação a todo tipo de peixe (alevino) que surgir, independente da espécie (pequena, média ou grande).
Entretanto em cativeiro devemos providenciar a alimentação inicial para os alevinos que nascerão, normalmente muito pequenos, e assim faremos preparar uma cultura de infusórios. Quando se possui em disponibilidade a alimentação destinada aos alevinos, é o momento de se reidratar os ovos. Para reidratação do substrato contendo os ovos, usaremos um pequeno aquário ou recipiente plástico com as dimensões 20 x 11 x 12 cm, no qual será colocado o material e uma quantidade de água que forme um espelho de 02 cm de altura. Antes de prosseguir, torna-se necessário algumas explicações sobre o processo de reidratação.
Na natureza, quando ocorre a cheia do biótopo, o solo seco da superfície se reidrata lentamente, como também a parte mais profunda deste, onde se encontram os ovos embrionados, possibilitando que quando o córion (casca) do ovo se rompa, libertando o alevino na natureza, o solo acima do mesmo tenha se transformado em uma camada de lama fina, a exemplo do substrato existente no período anterior a secagem, criando assim condições para que o alevino rompa esse obstáculo e também a coluna de água acima do mesmo, alcance a superfície e encha sua bexiga natatória. Caso o alevino não consiga cumprir o ritual acima descrito, nos primeiros minutos após sua libertação do ovo, ficará impossibilitado de flutuar à superfície ou meia-água, tornando-se assim um peixe arrastador, e na natureza as possibilidades de que venha a sobreviver são inexistentes, devido ao grande número de predadores com os quais irá conviver. Este processo é mais um dos que compõem a seleção natural, a qual garante a perpetuação de uma espécie.
Em cativeiro normalmente ocorre o aparecimento de alevinos arrastadores, o que leva o Killiofilo a imaginar tratar-se de má formação dos mesmos. Entretanto, analisando todo o processo de reprodução dos Killifishes anuais em cativeiro, conclui que o problema deve-se ao fato do substrato ao ser reidratado de uma só vez torna-se compacto, constituindo-se assim em uma barreira para os alevinos, retardando a sua chegada a superfície para o enchimento da bexiga natatória. Após várias experiências, consegui resolver o problema utilizando um sistema de gotejamento que propicia condições para que o substrato seja reidratado lentamente, e conseqüentemente também os ovos terão seu córion (casca) rompido antes de se formar a coluna de água sobre o substrato, que conjugado a expansão do substrato durante o processo, permite ao alevino encher sua bexiga natatória, sem a necessidade de cumprir o ritual acima descrito.
Este sistema foi criado a partir de um kit para aplicação de soro, utilizado normalmente em qualquer hospital e facilmente encontrado em farmácias e drogarias. O kit deverá ser adaptado a tampa de uma garrafa plástica descartável, de meio litro. A seguir coloca-se dentro do aquário uma quantidade de água, desclorada ou proveniente de chuva, até que se forme uma coluna de água com dois centímetros de altura, e em seguida colocar esta água dentro da garrafa, reservando. Colocaremos o substrato no fundo do aquário espalhado uniformemente; colocaremos em seguida, pendurada no alto, a garrafa sobre o aquário, de maneira que a mangueira do kit fique esticada e a ponta da mesma penda dez centímetros acima do substrato, e regula-se o registro para que ocorra um gotejamento lento e constante no centro do mesmo. Este processo de reidratação deverá se completar em um período de tempo entre 20 a 30 minutos, e a partir de então poderá ser observado alguns alevinos efetuando rápidos nados até a superfície, diagonalmente, retornando logo após ao fundo, não sendo motivo de preocupação, pois dentro em pouco os mesmos estarão nadando normalmente.
Nas primeiras 24 horas não deverá ser ministrado qualquer tipo de alimento, pois os alevinos neste período consumirão o saco vitelino ou o que restou do mesmo, e após os alimentaremos com os infusórios previamente preparado. É aconselhável que se coloque um pedaço de vidro como tampa, evitando assim a evaporação, o que faria baixar o nível da água. Ao completarem dez dias colocaremos uma quantidade de água (desclorada), passando o nível para três centímetros, e passaremos a alimenta-los com nauplios de artemias recém eclodidos. Os nauplios de artemias serão preparados, colocando-se pequena quantidade de ovos (cistos) dentro de um recipiente (que poderá ser igual ao utilizado para a cultura de infusórios) com água do mar e um aerador (pedra porosa) ligada (por um pedaço de mangueira fina de borracha) a uma pequena bomba de ar, para fazer circular a água (controlar c/registro para pequena saída de ar), e após 24 horas terão os ovos eclodidos e liberado os nauplios, que poderão ser vistos a olho nu, quando retirada a aeração do recipiente. A quantidade de ovos a ser utilizada em cada eclosão deverá ser calculada em concordância com a quantidade de alevinos a serem alimentados. É aconselhável que uma vez na semana seja efetuada a trova de 50% da água do aquário pela mesma quantidade de água devidamente desclorada ou por água de chuva, a qual devera ser colhida em uma bacia plástica, a céu aberto e após dez minutos do início da chuva.
Ao completarem vinte dias colocaremos outra quantidade de água (desclora), passando o nível para quatro centímetros. Ao completarem trinta dias, poderemos servir uma vez na semana microverme, e ser intercalado aos náuplios de artêmias e a pasta de coração bovino, um a cada dia; como exemplo: segunda, quarta e sexta = artemias; terça, quinta e sábado = pasta de coração e domingo = microvermes.
Entretanto em cativeiro devemos providenciar a alimentação inicial para os alevinos que nascerão, normalmente muito pequenos, e assim faremos preparar uma cultura de infusórios. Quando se possui em disponibilidade a alimentação destinada aos alevinos, é o momento de se reidratar os ovos. Para reidratação do substrato contendo os ovos, usaremos um pequeno aquário ou recipiente plástico com as dimensões 20 x 11 x 12 cm, no qual será colocado o material e uma quantidade de água que forme um espelho de 02 cm de altura. Antes de prosseguir, torna-se necessário algumas explicações sobre o processo de reidratação.
Na natureza, quando ocorre a cheia do biótopo, o solo seco da superfície se reidrata lentamente, como também a parte mais profunda deste, onde se encontram os ovos embrionados, possibilitando que quando o córion (casca) do ovo se rompa, libertando o alevino na natureza, o solo acima do mesmo tenha se transformado em uma camada de lama fina, a exemplo do substrato existente no período anterior a secagem, criando assim condições para que o alevino rompa esse obstáculo e também a coluna de água acima do mesmo, alcance a superfície e encha sua bexiga natatória. Caso o alevino não consiga cumprir o ritual acima descrito, nos primeiros minutos após sua libertação do ovo, ficará impossibilitado de flutuar à superfície ou meia-água, tornando-se assim um peixe arrastador, e na natureza as possibilidades de que venha a sobreviver são inexistentes, devido ao grande número de predadores com os quais irá conviver. Este processo é mais um dos que compõem a seleção natural, a qual garante a perpetuação de uma espécie.
Em cativeiro normalmente ocorre o aparecimento de alevinos arrastadores, o que leva o Killiofilo a imaginar tratar-se de má formação dos mesmos. Entretanto, analisando todo o processo de reprodução dos Killifishes anuais em cativeiro, conclui que o problema deve-se ao fato do substrato ao ser reidratado de uma só vez torna-se compacto, constituindo-se assim em uma barreira para os alevinos, retardando a sua chegada a superfície para o enchimento da bexiga natatória. Após várias experiências, consegui resolver o problema utilizando um sistema de gotejamento que propicia condições para que o substrato seja reidratado lentamente, e conseqüentemente também os ovos terão seu córion (casca) rompido antes de se formar a coluna de água sobre o substrato, que conjugado a expansão do substrato durante o processo, permite ao alevino encher sua bexiga natatória, sem a necessidade de cumprir o ritual acima descrito.
Este sistema foi criado a partir de um kit para aplicação de soro, utilizado normalmente em qualquer hospital e facilmente encontrado em farmácias e drogarias. O kit deverá ser adaptado a tampa de uma garrafa plástica descartável, de meio litro. A seguir coloca-se dentro do aquário uma quantidade de água, desclorada ou proveniente de chuva, até que se forme uma coluna de água com dois centímetros de altura, e em seguida colocar esta água dentro da garrafa, reservando. Colocaremos o substrato no fundo do aquário espalhado uniformemente; colocaremos em seguida, pendurada no alto, a garrafa sobre o aquário, de maneira que a mangueira do kit fique esticada e a ponta da mesma penda dez centímetros acima do substrato, e regula-se o registro para que ocorra um gotejamento lento e constante no centro do mesmo. Este processo de reidratação deverá se completar em um período de tempo entre 20 a 30 minutos, e a partir de então poderá ser observado alguns alevinos efetuando rápidos nados até a superfície, diagonalmente, retornando logo após ao fundo, não sendo motivo de preocupação, pois dentro em pouco os mesmos estarão nadando normalmente.
Nas primeiras 24 horas não deverá ser ministrado qualquer tipo de alimento, pois os alevinos neste período consumirão o saco vitelino ou o que restou do mesmo, e após os alimentaremos com os infusórios previamente preparado. É aconselhável que se coloque um pedaço de vidro como tampa, evitando assim a evaporação, o que faria baixar o nível da água. Ao completarem dez dias colocaremos uma quantidade de água (desclorada), passando o nível para três centímetros, e passaremos a alimenta-los com nauplios de artemias recém eclodidos. Os nauplios de artemias serão preparados, colocando-se pequena quantidade de ovos (cistos) dentro de um recipiente (que poderá ser igual ao utilizado para a cultura de infusórios) com água do mar e um aerador (pedra porosa) ligada (por um pedaço de mangueira fina de borracha) a uma pequena bomba de ar, para fazer circular a água (controlar c/registro para pequena saída de ar), e após 24 horas terão os ovos eclodidos e liberado os nauplios, que poderão ser vistos a olho nu, quando retirada a aeração do recipiente. A quantidade de ovos a ser utilizada em cada eclosão deverá ser calculada em concordância com a quantidade de alevinos a serem alimentados. É aconselhável que uma vez na semana seja efetuada a trova de 50% da água do aquário pela mesma quantidade de água devidamente desclorada ou por água de chuva, a qual devera ser colhida em uma bacia plástica, a céu aberto e após dez minutos do início da chuva.
Ao completarem vinte dias colocaremos outra quantidade de água (desclora), passando o nível para quatro centímetros. Ao completarem trinta dias, poderemos servir uma vez na semana microverme, e ser intercalado aos náuplios de artêmias e a pasta de coração bovino, um a cada dia; como exemplo: segunda, quarta e sexta = artemias; terça, quinta e sábado = pasta de coração e domingo = microvermes.
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